Palestina, amor dos que procuram justiça

Terra dos Filisteus, Filistina, localizada ao sul do Líbano entre o Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão. A sua bandeira veste-se de flor e fruto imitando a natureza.

Um povo que pendura um keffiyeh a preto e branco, o padrão rede que mostra a ligação dos pescadores ao Mediterrâneo, as faixas cruzadas são mapa das intrincadas rotas comerciais que sempre cruzaram a Palestina. Nas suas cores repousam simbolicamente o branco da pureza dos actos, as terras, e as histórias dos califados, o verde honra a fertilidade das terras árabes, a esperança, o potencial de prosperidade, o triângulo vermelho retém o sangue derramado e o sacrifício daqueles que deram a vida em defesa do seu chão, por pura devoção. O preto simboliza o luto e a tristeza de terem sofrido injustiças e perseguições, hoje um genocídio que envolve o seu povo em mais silêncio e escuridão, que prevalece sobre a alegria e o riso das crianças.

Corria 1967 e a bandeira foi proibida por Israel. Uma chave juntou-se simbolizando as casas que os Palestinos foram obrigados a abandonar e a entregar aos novos habitantes. E assim o povo começou a carregar uma melancia como símbolo. A fruta com a representação da bandeira, o verde da casca, as sementes pretas, os veios a branco, o vermelho da polpa. A seiva da melancia? A fertilidade. Talvez por isso atraia tanto os olhares e os desejos da ambição dos homens. De oliveira numa mão, expressam a resistência, a perseverança, a longevidade, a riqueza, a luta pela justiça, pela liberdade e pela autodeterminação.

Como Africana descendente de povos tão mártires, colonizados, abusados e explorados como o povo Palestino, vinda de um país que em 1973 se auto-proclamou unilateralmente independente, como não ser por uma Palestina Livre e Independente? A história parece um “cul-de-sac”, mas só até ao dia em que se encontrar a saída do beco.

Filistina, meu amor

Reconhecer o Estado da Palestina e o povo Palestino por diversos outros Estados é um passo politicamente fundamental para que a vida com esperança regresse. Portugal fá-lo-á hoje. Até que enfim! Não há outra saída além do reconhecimento. Seríamos uns filhos de put@ do pior da humanidade se não o fizéssemos. Seríamos parte da espécie Homo errus.

Outrora, outros (Amílcar Cabral e Nelson Mandela como exemplos) foram denominados terroristas até serem vistos pelo que foram…com eles trouxeram o nascimento de Estados independentes, livres e reconhecidos após séculos de colonialismo e apartheid com os seus povos com luta de sangue pela liberdade.

Agora só falta reconhecer o que os invasores, colonizadores e genocidas estão a fazer e acabar com a situação. Claro que se um não quer o outro, que é o seu espelho, não vai querer. E a Europa? Essa rameira anda de braço dado e armada com filhos de put@ da espécie Homo erectus.

Hoje é dia Internacional da Paz (onde andas tu?)…

Anabela Ferreira

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