Perdemos todos

O país vira à direita neoliberal focada em negócios, não mais democrática, muito menos ainda focada nas pessoas. Construa-se por todo o país, para aqueles que podem pagar rendas moderadas da Noruega venham viver cá, gentrifique-se sem pudor, privatize-se a mãe ( dizia Saramago) a sogra, o oxigénio. 

Faça-se de Portugal um grande resort para os reformados do hemisfério Norte.

É este o contemporâneo objetivo da política. Jogar a primeira liga dos interesses individuais de poder, carteira gorda e egos inflamados, que passam ao largo dos interesses do colectivo, nesta arte tão nobre quanto é a da política, outrora vista como uma senhora elegante, consciente, madura e desempoeirada, agora velhaca, clínica, morta e enterrada, deixando em testamento muitas dívidas ao jogo as quais pagamos todos! 

Tá votado e a “desição” tomada. Somos uns patetas alegres “inconcientes.” É que a nós o medo do fascismo não nos assiste…somos um fenómeno, daí a câmara ficar nas mãos deste entroncamento de gente. 

A minha lágrima vai para a nova vereadora sem pelouro que nem deve saber em qual estação sair, nem o caminho de lá para a câmara de Sintra. 

Esperanço que este partido do “animal farm” venha a ser irrelevante num dia próximo.

Pelo caminho da coisa, os outros dão tiros nos pés e tornam podre o jogo que devia ser relevante, seguindo caminho sem consciência. 

Agora vou lavar os pratos e beber rum.

Anabela Ferreira

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