A união da Esquerda (?)…

1)
António Costa convocou, durante a reunião da Comissão Política Nacional, terça-feira, um congresso para definir a liderança e da estratégia partidária do PS, após a derrota nas eleições legislativas. Inevitavelmente, isso significa que é neste momento um líder provisório, com uma legitimidade duplamente limitada: por um lado devido à derrota que o desautorizou como líder; Por outro devido à precariedade da sua situação como secretário-geral do PS.
Faz algum sentido, neste momento, negociar com o PS a formação de um governo de Esquerda, quando Costa é um líder provisório e politicamente fragilizado, e pior, num momento em que o próprio PS discute ainda a estratégia interna a seguir?
Resta perguntar se estão a gozar com a nossa inteligência…
2)
Mostrando a coragem que já lhe conhecemos, o PS de António Costa não apoia nenhum candidato à Presidência da República, na primeira volta. Se algum deles for à segunda volta, então, o PS apoiá-lo-á.
Consequência previsível: a esquerda divide-se, com 3 candidatos, contra a direita que só terá um: Marcelo Rebelo de Sousa, ainda por cima, muito mais mediático do que qualquer dos três candidatos de esquerda. Resultado previsível: Marcelo vence à primeira volta.

Antes de publicar este Texto, o PCP apresentou o seu próprio candidato. Ou seja, o 4º candidato da esquerda que se pretende unir contra a coligação PaF e ser governo contra a vontade expressa da maioria dos portugueses, ainda que relativa.
Resta perguntar, perante um cenário tão trágico que chega a ser cómico, se na esquerda existe alguma inteligência com a qual possamos gozar…
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