No espaço de um ano, mais do que duplicou o número de insolvências de farmácias no país e o número de penhoras aumentou 47%.
São dados da Associação Nacional de Farmácias, a que a TSF teve acesso, que mostram que, na maioria dos distritos portugueses, as insolvências e ações de penhora que visavam farmácias ultrapassaram os 10%.
Em dezembro do ano passado, 13,4% das farmácias do país enfrentaram processos de insolvência ou de penhoras, o que corresponde ao todo a 390 farmácias: 265 foram alvo de penhoras e 125 declaradas insolventes.
Números que superam, e muito, os dados do ano anterior. Em 2012, 61 farmácias um pouco por todo o país tinham enfrentado processos de insolvência e 180 de penhoras.
Na distribuição por regiões, os dados coligidos pela Associação Nacional de Farmácias indicam que, em 14 distritos do continente e ilhas, o número de acções de insolvência e penhora foi superior a 10% do total de farmácias.
É o caso da Guarda, seguido de perto por Faro, com mais de um quinto da totalidade das farmácias afectadas. Em terceiro lugar surge o distrito de Setúbal com 19,8% das farmácias com processos deste género. Em quinto, Lisboa registou 17,3%, com 114 farmácias com registo de acções de insolvência ou penhora. Em termos comparativos, Braga foi o distrito onde menos farmácias enfrentaram estes processos, ou seja, 2,2%.
Contactado pela TSF, o Infarmed adianta que no ano passado encerraram em Portugal continental 27 farmácias. Um número que fica muito aquém do de farmácias que enfrentaram processos de insolvência ou penhora. Mas, mesmo assim, o triplo do número de farmácias que fecharam portas no ano anterior. Em 2012, tinham encerrado ao todo nove e em 2011 apenas uma.
Acrescenta o Infarmed que, no entanto, entraram em funcionamento 16 novas farmácias em 2011 e sete em 2012. A mesma fonte sublinha ainda que, em breve, vão realizar-se os sorteios dos concursos para a abertura de 14 farmácias e oito postos farmacêuticos em vários pontos do país.
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