E a burra sou eu? (por Anabela Ferreira)

mercadosNão gosto de espalhar infortúnios, só beleza e amor… esta é mais uma beleza de um infortúnio…dito com amor. A do senhor na imagem.
No sistema de crime organizado, profundamente anti-democrático e anti-pessoas no qual vivemos, a esquerda dividida faz sempre ganhar a direita, ou melhor dizendo, os ditadores mercados, as vacas sagradas chamada banca, com uma elite (suponho que a nata da nata) a manipular os cordéis. Cheira-me que a esquerda cegou, se entregou e capitulou.
Estejamos atentos somos os próximos.
As sementes -a vontade das pessoas- estão enterradas, mas ainda não começaram a brotar e a ganhar verdadeiro prado.
E, no actual, brutal, sistema sem rostos, as eleições são entre mercados financeiros versus pessoas.
Fiquemos atentos porque nos querem levar à exaustão. E em política, como noutras áreas, não há salvadores nem gurus, mesmo que pareçam.
Temos mais um guru vindo do mercado. Aprecio a sinceridade do senhor. É coisa rara nos dias de hoje.
Dou-lhe um conselho sob a forma de ditado popular: “pay peanuts and´ll get monkeys”. Ou como quem diz, não queres que ninguém viva acima das possibilidades dos teus lucros e, eu acho bem que puxes a brasa à tua sardinha.
Macacos há muitos…e nós somos todos macacos escravos bons e obedientes. Vivemos com fé e ajoelhados perante os mercados. Estamos enfileirados prontos a ser escolhidos para o abate.
Seria interessante estudar se a tua empresa não tivesse trabalhadores nem consumidores e sem eles…lucro. 
Jesus o salvador diria que comerias “peaners”…

E cá vamos nós vivendo com estas honestas e sensíveis vendedeiras de mercado…
E um governo que nos quer bem e vende aos donos do mercado negro.
Há aí algum partido que prometa mudar de dono? ah não? então…
 
Não, não sou a única, nem estou em negação, a dívida que hoje se sabe ter aumentado para números inconcebíveis é impagável, a Europa como está é um embuste, o Euro como nos impingiram é uma falsa moeda de igualdade logo, uma farsa. 
Só posso aceitar o fim da austeridade e da pobreza. O trabalho digno, com salários dignos, ao Rendimento Básico, às oportunidades para todos, que conduzam à paz. 
De outra maneira tudo se vai manter como dantes…aquartelados como gado! Depende de cada um de nós.
E a burra sou eu?

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