Gosto muito da iurd e de outras seitas e cultos do género. Mas gosto mais de vacas. Estas salvam-me e oferecem-me o paraíso na terra sob a forma de queijo e manteiga.
Só não gosto de pastores – quando se fazem passar pelo Deus James Brown ao imprimir soul, funky e blues celestial às curas – à frente dos seus mansos rebanhos, a quem exigem que depositem voluntariamente os dízimos, prometendo em troca a salvação e a redenção num paraíso desconhecido. Onde nem sei se há vacas, nem ovelhinhas, logo manteiga e queijinho nem discos do James Brown.
Enquanto as fiéis ovelhas pagam sem fazer perguntas aquilo que identifico como sendo os seus karmas (devem ter sido pastores cínicos e ladrões noutras vidas e nesta pagam o que devem) os pastores salvam-se da vil miséria.
Sobre estas ovelhas digo que são para mim um caso de estudo. Nada que não seja explicado através de lobotomias, hipnose colectiva e manipulação a animais primários (que somos todos) debaixo de uma capa de verniz (evolução misturada com fé).
A muita adrenalina a correr nas veias (dos pastores), acompanhada de suor e frio na barriga, junto da oxitocina e da dopamina despertada no cérebro, que vem daquele momento em que o pato donald se atira para a piscina de dinheiro, deve ser muito poderosa.
Um dia, tentando convencer uma amiga a não ir àquele culto- se não era iurd era um sucedâneo – a pedido dela fui assistir. Fiquei à porta caso fosse acometida da mais que provável vontade de sair. Rapidamente fiquei vigiada por um senhor armário desconfiado – já que eu não participava no culto – e podia estar ali com “más intenções”, uma vez que as deles são as melhores. Lia-se na minha cara a estupefacção, a vergonha alheia, a incredulidade ao longo do culto,dos milagres, das curas, dos histerismos colectivos. No momento em que começaram a passar o cesto das oferendas o pastor gritava e dançava como o James Brown mas de uma claque de futebol, “olé,olá, jesus cristo é o melhor que há”.
Não aguentava o riso, pedi licença ao senhor segurança que me tapava a saída e saí. Sem sequer lhes fazer mal. Estava concluído o meu experimento e estudo.
A capacidade destes bons pastores em transformar a fé de outrem em riqueza própria é próprio de psicopatas. Cair no seu engodo vem da fé e da boa índole de cada ovelhinha. Vem da muita ignorância e falta de educação -escola, leitura, cultura, mundo – e que dá tanto jeito, de um modo transversal, aos políticos, aos pastores e aos proprietários disto tudo.
Conselho voluntário e grátis aqui de uma internada no manicómio onde estamos – comam mais sonhos, mais manteiga e mais queijo, logo gostem mais de vacas que de igrejas e outras seitas. Eu ofereço o vinho.
Amém.Santinho!
Anabela Ferreira
prefiro comer merda que ser como essa gente que dá o dinheiro.
atrasados mentais que passam fome p manter estes chulos. o povo é mesmo burro. não merece nada. o povo é pior que os pastores.
fdce prefiro comer merda que ser como essa gente