To would or would not be? Eis a questão

As vacas profanas destroem tudo o que é sagrado.

A América prova do seu próprio veneno. As interferências dos Estados Unidos através das suas polícias ou “ninjas secretas”, com missões de destruição por quase todos os países do mundo, onde alguma vaca lhes profane os gostos – se está no poder ou prestes a chegar – bebe agora com vodka do seu próprio veneno. A vingança do karma.

Há uma guerra de porcos a decorrer. Entre vacas sagradas. Numa gigantesca pocilga.

Quando alguma vaca se atravessa no caminho da Casa Branca, a sala oval prepara um plano de contingência para a profanar. Mata, destitui presidentes, invade, afunda em pântanos perigosos muitos países do mundo,deixando-os de vísceras espalhadas.

Por seu lado, as vacas sagradas UE, NATO, Banco Mundial, FMI, Organização Mundial do Comércio e por aí fora – que a lista de vacas sagradas é grande – nascidas com algumas boas intenções, fizeram snatos acordos e profanaram a vida das chocas – sobretudo nos últimos quinze anos – que ruminam pacificamente nos pastos, tornando as suas vidas impossíveis.

Por isso não simulem lágrimas de crocodilo nem se façam de virgens ofendidas, quando uns porcos querem minar o pasto onde vossas excelências têm encontrado relva tão verde e santa para se engordar.

Aqui a porca torce o rabo. Existe uma ordem mundial a ser imposta – assim gostam de chamar – e chegaram alguns porcos uns mais novos que outros para criar outra.

A causa do triunfo de uns porcos vem sempre num cartaz com o desenho da perda contínua do pasto das chocas, as desgraçadas deixadas ao relento, que nunca foram defendidas nem protegidas, nem tidas nem achadas e que diz:

– “vou drenar o pantâno e tirar de lá as vacas sagradas”.

Era tudo o que muitas chocas queriam ouvir. Sim, fora com os que nos deixaram sem pasto pensamos nós vacas enquanto ruminamos.

E a guerra não esperou.

O porco vendido a outros mercados afunda ainda mais o pântano e todas as vacas sagradas e porcos provam do seu próprio veneno.

As comadres zangadas estão ao mais alto nível.

Se esta guerra entre porcos e velhas vacas sagradas traz benefícios? Traz, às chocas. Não comem mas ficam a conhecer bem os lugares onde a pocilga se concentra. Os jogos sujos andam nus.

A desumanização, a manipulação, as experiências acontecem na nossa frente para nos colocar à prova e tornar vulneráveis às manobras.

Já o sabemos e já o experimentámos, dizem as chocas cornudas do costume, nos secos pastos.

Quem ganha? Ganham sempre as vacas sagradas e os porcos que melhor manipulam e nos distraem do essencial.

E o essencial que vem das Instituições dos Estados Unidos e das demais , até agora vacas sagradas, nos vários lados dos pastos, é o crescente fascismo, com muitas manobras de diversão.

Aprendi um termo da linda aymara. “Kamanchaka” é um fenómeno natural dos Andes. Uma bruma obscura e opaca que tudo varre e impede de ver “um palmo à frente do nariz”.

Este é por definição o momento presente colectivo gerando individual e colectivamente angústia, medo, ansiedade, incertezas, insónia, confusão e dor no peito por falta de oxigénio.

Estaremos nós chocas no remanso dos pastos, prestes a entregamos a nossa total liberdade e civilização, como numa grande e renovada tragédia de Shakespeare? Would you or would you not?

Anabela Ferreira

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