Vamos chamar os bois (ou as vacas) pelo nome – A identidade de género! (por Jacinto Furtado)

Vacas e BoisRaios partam isto!

Não quero ser acusado de falta de respeito pela identidade de género o que implica ter de alterar o nome desta coluna. Se chamo os bois pelo nome estou a tratar de forma desigual as vacas por não as incluir, por outro lado não posso dar-lhe o nome de “vamos chamar o gado bovino pelo nome” porque continuo com o mesmo problema e se lhe der o nome de “vamos chamar o gado vacum pelo nome” o problema mantem-se.

“Vamos dar o nome à vacaria” pode ser uma solução de compromisso, mas continua errada, porque não respeita a identidade de género. Bolas, isto é difícil, não se consegue agradar a Gregos e Troianos, desculpem a Gregas e Troianas.

Irra assim não dá!

O Bloco de Esquerda quer mudar o nome do Cartão do Cidadão porque, dizem eles (ou elas) que não respeita a identidade de género. Começo a acreditar que está na hora de começarem a por mais tabaco naquela coisa que andam a fumar.

São muito fraquinhos e limitados nas exigências, deviam ir mais longe, não há motivo nenhum para que não exijam também que se mude a própria designação da espécie humana que, por maioria de razão, não respeita de todo a identidade de género. Talvez designar a espécie por humanoide seja uma boa solução até porque assim já ninguém vai achar estranho estas ideias do Bloco, são apenas ideias de humanoides em toda a plenitude da palavra.

A partir de agora não quero que digam que sou uma pessoa, digam que sou um Pessoa. Não voltem a dizer que a minha nacionalidade é portuguesa porque isso não respeita a identidade de género.

Será assim tão difícil entender que estas mariquices não levam a lado nenhum? Não é por decreto que se mudam mentalidades, se é que esse é o objectivo. A questão da igualdade não é uma questão que se resolva por decreto, antes pelo contrário.

Nada é mais humilhante que a existência de quotas, muitos as defendem por ser politicamente correcto, mas a verdade é que não passa duma forma de rebaixar quem pertence a estas quotas. Não se contrata, não se coloca o nome na lista, não se nomeia pela competência para a função, mas sim porque “faz parte da quota” o resto não importa.

Aliás, esta questão vai ainda mais longe, chega ao ponto da bestialidade, nas forças armadas há requisitos mínimos consoante a “identidade de género”, como se o inimigo tivesse isso em conta e, em situação de combate dissesse, “ooppss desculpe, vou ser menos violento tendo em conta a sua identidade de género”.

Tempos atrás, em conversa com um politico da nossa praça, conhecido por ser bruto que nem uma porta, há quem diga que é frontal, coloquei-lhe este exemplo e pedi-lhe que comentasse, a resposta foi de que há mais tarefas nas forças armadas, tarefas na retaguarda, tarefas administrativas, tarefas de comando e logísticas por isso não é importante não estarem todos ao mesmo nível físico. Curiosa e muito interessante esta observação, mas será que este reconhecimento esta diferenciação não é, por si só, assumir que não podemos artificialmente tornar igual o que é diferente?

Deixo-vos um exemplo, de diferenças legisladas e aprovadas, aquilo a que os candidatos a determinada função nas forças armadas têm de fazer para ser admitidos: Elevações, Candidatos masculinos — cinco elevações com as mãos em pronação, Candidatos femininos — duas elevações com as mãos em supinação; Abdominais Candidatos masculinos — 35 flexões, Candidatos femininos — 28 flexões; Corrida 2400 metros Candidatos masculinos — treze minutos, Candidatos femininos — catorze minutos e trinta segundos; Nadar 100 metros Candidatos masculinos — dois minutos e trinta segundos, Candidatos femininos — três minutos e quinze segundos; Nadar em apneia Candidatos masculinos — vinte segundos, Candidatos femininos — dezoito segundos.

Isto faz sentido? Não, não faz! Igualdade de oportunidades não pode ser objecto de manipulação de oportunidades com regras adaptadas, com regras viciadas. Nos exemplos acima não tenho dúvidas de que há homens que não conseguem atingir os mínimos exigidos para as mulheres, da mesma forma que há mulheres que ultrapassarão facilmente os mínimos exigidos para os homens. Não devia ser isso que procuramos, os melhores entres os melhores e não esta palermice manipulada, a patetice das quotas e a mariquice da identidade de género?

Alguma mulher é menos presidente por não lhe chamarem “presidenta”? Algum homem anestesista é menos médico por não lhe chamarem “anestegisto”?

Deixem-se de coisas e vejam lá se conseguem concentrar esforços na justa exigência de que apenas queremos os melhores e as melhores nos lugares e nas funções que desempenham e que essa treda da identidade de género não passa de mariquices que não servem para nada nem em nada ajudam a melhorar as condições de vida de quem precisa.

Não continuem a criar situações que apenas retiram valor e prestígio a quem dizem querer defender.

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