Mandela, Biko, Desmond Tutu são nomes de “terroristas” Sul Africanos que por seis séculos foram colonizados por Ingleses e Holandeses com base na discriminação, segregação racial e opressão violenta dos negros e mestiços durante 46 anos (regime oficial de apartheid). Biko foi morto pela polícia, Mandela foi preso durante 27 anos (junto com toda a cúpula do ANC). Quando a guerra civil recrudescia no país, uma fortíssima campanha internacional fazia-se sentir contra o regime tornando-o impossível manter-se, Mandela foi solto, Tutu foi chamado a juntamente com o Madiba compôr uma nova África do Sul. Assumiram a missão de estabelecer o perdão entre opressor e oprimido, num movimento de Reconciliação Nacional. A partir de 97 assisti pessoalmente, já com Mandela Presidente, a uma História que conhecia só nos livros.
Caiu o regime, caiu o apartheid da letra da lei mas não caía da cabeça dos que durante seiscentos anos o impuseram, essa foi a conclusão trágica à qual cheguei.
Parafraseando Voltaire nos “Questions on Miracles de 1765” – “Those in power who can make you believe absurdities has the power to make you commit atrocities.”
Foi o que aconteceu na República do Arco-Íris.
Há 75 anos que a Palestina sofre o mesmo tipo de apartheid, em pior grau. Daí Mandela afirmar não ser possível ser livre enquanto a Palestina não for livre também. A partir dos anos 63/64 as atrocidade começaram a ser inclusivamente piores para os Palestinos.
No regime de apartheid na África do Sul não se dizimavam milhões de africanos, empurravam-se para townships sem condições, geridas de qualquer maneira, porque deles precisava como força de trabalho para a exploração das minas de ouro e de todos os outros recursos naturais nos quais a Africa do Sul é como sabemos, riquíssima. Matava-se quem se opusesse ao regime, mantendo “sabiamente” o controlo.
Na Palestina acontece a mortandade. A política de “mowing the lawn” – dizimar Palestinos.
Esta é a razão por Sul-Africanos compreenderem tão profundamente as razões e tomarem a iniciativa de processar o país de judeus que foram tão bem acolhidos aquando da sua fuga da IIGM.
Seguindo as provas e as evidências que não mentem, espero o Tribunal Criminal Internacional julgue e condene Israel por genocídio.
Obrigada África do Sul.
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