O trabalho é a melhor e a pior da coisas: a melhor se for livre; a pior se for escravo (Émile – Auguste Chartier)

12358008_10207274286830880_1159798691_nImagine-se Portugal ( e mais ou menos 200 países) sem caridade, sem assistência social (subsídios, abonos), sem Misericórdias ou IPSS´s, sem Banco Alimentar contra a Fome, sem RSI, sem Cáritas? Independentemente de ser pobre ou rico ? Onde toda a Segurança Social usa um simplex para a satisfação de necessidades básicas?

Resumindo, todos terem as necessidades básicas satisfeitas e poderem escolher o que fazer com a vida desde que nascem, em vez de herdarem dívidas impagáveis, trabalho mal pago, precário e situações que levam ao desespero, à insatisfação e infelicidade?!

Já pensaram que a liberdade é a essência do ser humano? Afinal a massa de que somos feitos.

O modelo de trabalho introduzido com a Revolução Industrial está obsoleto. Por várias razões e uma delas prende-se com a evolução da tecnologia.

Por razões de sobrevivência no planeta, o consumo ilimitado dos recursos e a obsolescência programada, o espalhar a miséria e a austeridade são sistemas de vida obsoletos.

Já vi, já senti, já vivi, já entendi. Já sei que não serve.

Então, não será tempo de pensar como os finlandeses e holandeses estão a pensar fazer?

É que continuar a cooperar com esta Europa, nos moldes em que se encontra, é uma forma obsoleta de prosseguir. Desta actual má equação não sai resultado matematicamente correcto. É uma experiência com garantias de resultados desastrosos.

E as direitas espreitam quais raposas esfomeadas…

Interessa-lhes ter as galinhas com fome, desesperadas, estúpidas, fáceis de apanhar e sem buracos para saírem do galinheiro…

Trabalhar 8/9/10/12 horas para ganhar pouco ou muito? Para quê? Em quê? O mundo não continua a girar se trabalharmos menos e dedicarmos mais vida à vida? Ou será a produção e a exploração a única solução?

Ou as escolhas de cada um não têm direito a ser considerados? E dar a cada ser humano a possibilidade de apenas ter de pensar em ter uma vida digna? Isso pode ser uma equação onde inclui o Rendimento Básico Incondicional.

Eu não tenho pretensões a fazer mais do que ler poesia e apreciar o mundo, não a mudar o mundo… os deuses que me livrem dessa tarefa, dá uma imensa trabalheira mas que gostaria de ver mais estrelas no lugar de poeira e lama, isso gostaria.

Diria a criada malcriada: – Então e agora a minha senhora o que vai fazer?
-fazer? vou beber um gin e descansar desta maçada toda. Pensar dá uma trabalheira imensa, sei lá…

Anabela Ferreira

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